A transformação antropológica e a educação da fé: a amizade como critério de autenticidade
Palavras-chave:
Redes sociais, Educação da fé, AmizadeResumo
A partir do desafio constatado no Diretório da Catequese de 2020,
segundo o qual as redes sociais digitais estão a promover uma alteração não
só cultural, mas antropológica, este texto discute o modo como a educação
da fé pode realizar a sua missão, sem esquecer que a fé é sobretudo uma
relação de amizade com Deus. Reconhece-se que graças à plasticidade
do cérebro, este deixa-se influenciar e moldar pelos comportamentos e
ambientes em que se vive. Com isso, surgem alterações cognitivas que se
manifestam nas modificações na perceção, na atenção, na memória e no
pensamento. Aliás, o papa Francisco já o tinha denunciado ao dizer que,
«não favorecem o desenvolvimento da capacidade de viver com sabedoria,
de pensar profundamente, de amar generosamente» (Laudato Si’, 47). Para
que a educação da fé possa dar uma resposta cabal, importa assumir alguns
desafios e recursos da tradição cristã: deixar de se concentrar nas respostas
e fixar-se nas perguntas; centrar-se mais nas pessoas que nos conteúdos; e,
por fim, privilegiar a narração mais que a explicação das ideias.
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