O desenvolvimento orgânico das palavras de consagração no Rito Romano
The organic development of the words of consecration in the Roman Rite
Resumo
No contexto da falta de consenso entre os vários grupos linguísticos a respeito da tradução da expressão pro multis na fórmula de consagração do cálice nas Anáforas da terceira edição do Missal Romano promulgado pelo Papa São Paulo VI e do interesse suscitado a respeito dessa tradução, este artigo busca, a partir da análise das diversas fontes pertinentes ao estudo da liturgia romana, tais como a assim chamada Traditio Apostolica; o De Sacramentis, de Santo Ambrósio; os Sacramentários Gregoriano e Gelasiano; o Missal Romano de 1474, ou seja, a primeira versão impressa do Missale Curiae anterior à reforma
tridentina; o Missal Romano instaurado segundo as diretrizes do Concílio de Trento; o Missal em uso durante o Concílio Vaticano II; e o Missal instaurado segundo as diretrizes da Sacrosanctum Concilium,
depois de estabelecer o seu extrato mais antigo, reconstruir o processo de desenvolvimento orgânico das palavras da consagração no Rito Romano, verificar se esse processo se deu de fato seguindo as etapas postuladas por Jungmann, ou seja, a “paralerização”, a “biblização” e a ornamentação estilística, tentando, assim, lançar uma luz sobre como se chegou às formulações do relato institucional nas Anáforas do Missal de 1970 e, indiretamente, contextualizar o debate a respeito do pro multis.
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